A mãe de Tristán, um menino de 8 anos, com autismo, sai da Espanha com seu filho e vai à Argentina, mais especificamente à Patagônia, à procura do guarda ambiental Beto, porque Tristán o viu num documentário sobre o seu contato com as orcas. E como essa foi a única vez em que seu filho demonstrou empatia com algo na vida, a mãe espera que este contato possa transformar sua vida.
Independente da história real do próprio guarda ambiental, Beto, que é bem interessante, com seus fantasmas do passado e o modo como se aproxima das orcas, a paisagem ainda é belíssima.
Mas o que mais chamou a nossa atenção nesse filme, foi de um lado o modo de ver o autismo, e de outro a humanidade da personagem da mãe de Tristan.
O roteiro, aos poucos, nos apresenta, de um lado, a força dessa mãe, mas também a sua fragilidade diante do transtorno do filho. Mostra, enfim, como a vida dela, em resumo, é sempre uma entrega.
E assim é que, ao fim dessa emocionante história, constatamos enfim que essa mãe, como tantas outras com filhos com condições semelhantes, às vezes se perde. E mesmo assim, continua sendo uma guerreira capaz de ir até à Patagônia, na fé de obter qualquer melhora para o quadro de seu filho, ainda que, em alguns momentos, desanime, e não raro se esqueça do seu SER.
Acredito que muitas mães TRIM se identificarão! Lindo filme!