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Filme Respire Fundo

Uma maternidade permeada pela depressão crônica e os sentimentos da família

Este filme com a atriz Amanda Seyfrid – que representa a personagem de uma escritora de livros infantis e mãe de um bebê lindo – começa mostrando seu cotidiano, se desdobrando com os cuidados do seu filho, e vai aos poucos entrando no mundo da sua depressão crônica.

É um poderoso retrato do que é este transtorno mental que não se confunde, em nenhum momento, com uma simples tristeza ou melancolia.

O que é a depressão enquanto transtorno mental?

Definida pela OMS como o “Mal do Século”, a depressão não é uma simples tristeza. É algo próximo a uma “não-energia” que vem surgindo e tomando corpo numa pessoa, ao ponto de ela não ter mais vontade de nada. Tudo pode estar perfeito à sua volta como é o caso dessa mãe. Ela ama seu bebê, seu marido é super companheiro, mas ela simplesmente não consegue fugir da “força” poderosa que toma conta de seu dia a dia e a impede de viver plenamente e tenta uma vez então o ato extremo, o suicídio.

Como a família lida com uma tentativa de suicídio?

Muito da película gira em torno do efeito em todos deste ato extremo, mas não se encerra só neste tema. Relata-se também o quanto é difícil para as pessoas próximas, que a amam, ver a ausência de vontade em seu olhar, ao ponto de o marido lhe responder um dia, quando ela lhe pergunta por que ele a está olhando: “Eu tenho saudade de você”, ou seja, a pessoa vira uma imagem menor daquela que era anteriormente.

Como conciliar a gravidez e os medicamentos psiquiátricos?

É muito triste também ver a luta desta mãe que se descobre grávida novamente e tem que optar entre ficar bem mentalmente, tomando medicamento, ou então aceitar o risco de voltar à depressão crônica e de voltar a tentar novo ato suicida, para poder amamentar o bebê que está vindo ao mundo.

Sua decisão de não tomar o medicamento ao final é questionada por todos que não a aceitam, porque o risco de a depressão piorar é enorme, mas ela aceita o risco pelo bebê que está vindo, e o resultado não poderia ser mais desastroso.

Conclusão

Em realidade, achamos que, no caso desse filme, palavras descrevem pouco o sentimento que temos com o desfecho da história, e mesmo durante todo o seu pequeno tempo de exibição. 

De qualquer forma, achamos que vale a pena, sim, assisti-lo, sobretudo se você luta contra este transtorno mental ou tem algum ente querido passando por ele, porque ele bem traduz os sentimentos envolvidos na família que vive esta realidade. 

É enfim um filme denso, mas necessário. Depois nos digam, por favor, o que acharam.

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