Será que minha família é uma?
O conceito “famílias TRIMS” nasceu da nossa vivência familiar, que nos ensinou o que é ser aquele tipo de família com uma criança ou jovem com transtornos mentais que, aonde chega, quase sempre é precedida de um alerta sonoro antes de mesmo de chegar: TRIIIIM!!!!!!!!
Muitas são as ocasiões em que embora ninguém fale, o rosto, o sorriso amarelo ou mesmo a total ausência de disfarce no tratamento já demonstra o pensamento:
– “Lá vem aquela família daquele menino impossível!”
– “Ih, é aquele menino que tem um “probleminha. Tadinha da mãe”!
– “Lá vem aquela família daquela menina que não para quieta, que não tem educação em casa”
– “Lá vem aquela criança esquisita”!
E o pior é que talvez antes mesmo disso, a mãe, o pai, os avós ou demais familiares que são responsáveis por estas crianças e jovens, ao saírem de casa para ir a qualquer lugar, lá no seu íntimo já ligam internamente esse alarme TRIIIIIM!!!! e se preparam para viver, não um momento único de diversão, ou aprendizado social, e sim uma guerra interior, pensando no que pode dar errado e como se defender naquele dia…
Se identificou?
Pois é, independente do diagnóstico ou “não diagnóstico” (depois falaremos sobre essa situação sui generis que acontece mais do que a gente pensa!) da sua criança ou jovem, você faz parte dessa comunidade das famílias TRIMS.
E por isso é que nós estamos aqui por você, mãe/pai e familiar responsável:
Para mostrar que você não está sozinho/sozinha;
Para mostrar que há muitas famílias que vivem atualmente no nosso país com as mesmas incertezas que você;
Para a gente construir um espaço só nosso, seguro, onde sua família poderá se fortalecer, ser enriquecida com as experiências dos seus pares e enriquecer os outros com suas vivências, e aonde ninguém será julgado pelo que sua criança ou jovem é;
A gente vai adorar ver vocês embarcando na nossa comunidade acolhedora.
Só lembrando: temos nossas regrinhas básicas de convivência. A saber:
“Aqui não toleramos xingamentos, má-fé, violação da privacidade dos membros, preconceitos de raça, cor, credo e religião, falta de empatia com o sofrimento alheio e tampouco aceitamos que sejam apostos rótulos de patologias em crianças e jovens sem que se enxergue neles seus desejos e vontades como todo ser humano merece.”